Naming: o que ter em mente ao criar um nome de marca?
Imagine o seguinte cenário: você tem a ideia perfeita para iniciar um novo negócio. Analisa o mercado, observa concorrentes, entende se o projeto é economicamente viável, entre outros. Tudo certo, com exceção de um pequeno (grande) detalhe: o nome da marca!
É bem comum que empreendedores tenham dificuldades na hora de “bater o martelo” a respeito de um nome. Em situações assim, vale entender um pouco do conceito de naming e qual a sua importância para qualquer segmento. Neste blog, vamos nos aprofundar no assunto. Boa leitura!
Mas e aí, o que é naming?
Começamos te contando que Naming não é um método, mas sim o processo para a criação de nomes para marcas e fazer essa escolha é o primeiro passo das ações de branding. Quando os consumidores o escutarem, poderão identificar o produto ou serviço e atribuir suas qualidades e diferenciais.
Por que é importante?
Existem fatores importantíssimos para determinar a escolha de um nome memorável para sua marca e ela se tornar referência no segmento escolhido. Um ponto importante para se ter em mente, é que todo nome gera um retrato mental nos clientes. Por isso, devemos considerar que a imagem e o som do nome escolhido devem atribuir características concretas à marca.
Em alguns casos, a simbiose é tanta que elas se tornam sinônimo daquilo que comercializam. Ou alguém aí vai ao mercado comprar esponja de aço (Bombril) e fita adesiva (Durex)? Esses dois exemplos simples mostram a influência das marcas em nosso cotidiano.
Processos de criação
As etapas de criação de um nome não necessariamente são lineares, mas como foi dito em tópico anterior, precisa compreender uma série de fatores para evitar problemas futuros e ser bem-sucedida. A seguir, listamos algumas delas:
- Briefing: um briefing bem elaborado, entendendo as necessidades do público, além de conceitos e mensagens a serem transmitidas pela marca já contribuem bastante para a elaboração de um bom nome. Qual mensagem sua marca precisa transmitir? Quais são seus valores e diferenciais? No papel ou no computador, vale listar tudo isso.
- Significado das palavras: sejam em bom português ou estrangeiras, é preciso pensar nos sentidos denotativos e conotativos das palavras, para se evitar uma repercussão negativa. A pesquisa fará toda a diferença. Isso também contribui para uma triagem das sugestões de nome que surgirem.
- Escrita: vale pensar se a escrita do nome é simples e não causará confusões para a persona. Se a probabilidade de erros for grande, talvez valha a pena repensar o nome ou utilizar alguma abreviação que o simplifique.
- Sonoridade: tão importante quanto uma identidade visual bem construída é a sonoridade de uma marca. Embora não exista uma “receita de bolo”, deve-se pensar na maneira como a persona irá pronunciar o nome de um determinado produto/serviço.
- Descarte o uso de clichês e modismos: para que sua marca tenha o impacto desejado, esqueça os nomes da moda, pois eles sempre têm um prazo de validade. Com o passar do tempo, o significado pode cair no esquecimento. Já os clichês podem ser taxados como falta de criatividade.
- Motivação afetiva e pessoal: é ideal que o nome da sua marca, gere empatia com os seus consumidores. Eles precisam se identificar com o que você quer passar e o lado emocional sempre pesa muito.
- 100% Disponível: não use isso como ponto de partida para a escolha do seu nome. Hoje em dia, existem muitas variações de domínios de sites disponíveis no mercado, mas vale ressaltar que é bom analisar se não há similaridade de nome no mesmo segmento, para que não haja confusão e problemas maiores. Atualmente, o Star+ (antigo Fox+), serviço de streaming de propriedade da Disney, foi impedido pela Starzplay de ter o seu nome utilizado aqui no Brasil e outros países da América Latina, como a Argentina e o México. A alegação você já deve imaginar qual foi: a confusão que pode surgir na cabeça do consumidor, que pode trazer prejuízos à marca.
Tipos de naming
Existem alguns tipos de naming com os quais você “esbarra” todos os dias e nem se dá conta. Entre eles, podemos citar:
- Descritivo: basicamente é aquele que já indica o que a empresa faz. Ao ouvi-lo, os clientes já farão a associação do que é o produto ou serviço oferecido. Como exemplo temos o Banco do Brasil.
Experiência: surgem a partir de sentimentos ou experiências intrínsecos à marca. A Natura deixa claro que seus produtos são naturais e oriundos do que a natureza oferece.
- Fictício: aquele nome 100% inventado e exclusivo. Sua principal vantagem é ser único, podendo ser associado apenas ao seu produto/serviço, gerando rápida identificação. Ex: IKEA.
- Sugestivo: aquele que remete ao produto/serviço que está sendo comercializado. Ex: Nubank, Petrobrás, Drogasmil, entre outros.
- Nomes próprios: aqueles que simplesmente utilizam o nome/sobrenome de alguém ou de seus fundadores. Neste caso, é importante estar ainda mais atento à sonoridade, que pode contribuir para uma boa aceitação junto ao público. Ex: Marisa, Ferrero.
Defini um nome, e agora?
Depois de finalmente escolher o nome para a sua marca, é importante ter atenção com a questão do registro de marca, para garantir o seu uso de maneira legal. Além disso, vale também criar perfis nas redes sociais, para dar os primeiros passos no ambiente on-line e construir a reputação do seu produto/serviço.
Conclusão
A escolha de um nome para representar a sua marca demanda bastante pesquisa e diálogo. Realizar testes e selecionar as possibilidades principais para confrontá-las pode ser um excelente caminho para o sucesso. Seja por conta própria ou com o auxílio de uma agência especializada, é importante ter em mente quais os objetivos devem ser alcançados e os desafios que virão pela frente. Mãos à obra!
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